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Dias há em que o corpo me atrapalha a lucidez. Sinto-o como uma estiagem, uma presença molecular desajustada, mais diurna que nocturna.
Fosse antes água, vento ou nevoeiro. Uma fluidez antiga capaz de acariciar limites e de se infiltrar na boca das coisas. Ser delas, absorver-lhes o sol e os rios de dentro. Cíclica e funda, total, em silêncio.
Não haveria dias de afastamento entre mim e esta esteira de carne, nem a pretensa aceitação dos seus traços e ermos. Apenas uma linha recta quebrada em círculo, rendida ao caos e à agilidade das terras selvagens.
Uma aragem fervendo vulcões.