Meu gosto é voar,
É ser vento e cotovia,
Livrar do chão as mãos aladas,
E ser das árvores a copa errante.
Raízes, sobram-me aquelas
Que se soltam dos meus dedos
E se espraiam em negros deltas
Que vão fluindo,
Que vão fugindo,
Que vão voando.

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