Chegar a casa e inventar coragem para abrir a porta, para enfrentar a cama varrida pelo mesmo deserto de sempre, a secretária invadida por exércitos de livros inebriados, comandados por papéis perdidos e rascunhos na reserva, o espelho ocupado por uma face estranha, implacavelmente cortada pelos ponteiros do relógio. É esta a batalha em que todos os dias me encontro vencida, por mais que tente abrir a janela e seguir o voo afortunado dos pássaros em fuga triangular.

2 comentários:

Anónimo disse...

buuuuu :)

Alice Gabriel disse...

Ai, que agora assustaste-me!! Buuuuu pra ti também! :)