Foram muitos os anos em que lutámos uma contra a outra. Eu, tentando abafar-te com palavras, sons, lugares e pessoas. Tu, impondo a tua presença ininterrupta, sempre a quereres esticar-te um pouco mais, esse teu silêncio húmido a entranhar-se-me nos ossos.
Foram muitos os anos em que lutámos. Até ao dia em que nos cansámos, tu e eu. Pousámos as espadas, sentámo-nos e descobrimo-nos amigas. As melhores amigas.
Aprendi a apreciar a tua presença, a compreender esse teu quieto zumbido contínuo. Conheces-me como ninguém, tu. Conheces-me como alguém que dorme todas as noites no lado direito da minha mente, como alguém que me pega na mão direita quando danço e me segura a mão esquerda quando choro.
Eu sei que tu sabes de cor a dor que me causas. Eu sei que isso te condói, mas que nem esse teu enternecimento te faz partir. Tu sabes que, se partires, só te resta ser aquilo que realmente és: solidão. Por isso, ficas. E eu fico também, para que não te sintas tão sozinha.
Foram muitos os anos em que lutámos. Até ao dia em que nos cansámos, tu e eu. Pousámos as espadas, sentámo-nos e descobrimo-nos amigas. As melhores amigas.
Aprendi a apreciar a tua presença, a compreender esse teu quieto zumbido contínuo. Conheces-me como ninguém, tu. Conheces-me como alguém que dorme todas as noites no lado direito da minha mente, como alguém que me pega na mão direita quando danço e me segura a mão esquerda quando choro.
Eu sei que tu sabes de cor a dor que me causas. Eu sei que isso te condói, mas que nem esse teu enternecimento te faz partir. Tu sabes que, se partires, só te resta ser aquilo que realmente és: solidão. Por isso, ficas. E eu fico também, para que não te sintas tão sozinha.
2 comentários:
Dos melhores textos teus...
:)
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